Por Christina Biltoveni

Queda de desejo, falta de ereção, perda do controle da ejaculação... Pelo menos metade dos homens enfrenta um desses dilemas em algum momento da vida. O problema é que qualquer tipo de disfunção que o seu parceiro apresente acaba afetando também a sua vida sexual.

Nem só na terapia ou nos remédios encontra-se a solução para os problemas do seu companheiro.  A saída pode estar em suas mãos. Cerca de 80% dos homens que procuram os consultórios médicos com algum desses problemas só se recuperam quando contam com a ajuda da mulher. "E o primeiro passo é não cobrar nada dele. Quanto mais a parceira se queixa do desempenho do marido ou do namorado e reivindica uma mudança de atitude, mais ele fica ansioso e o sintoma se agrava", afirma Marina Simas de Lima, sexóloga do Instituto Kaplan, centro de estudos da sexualidade humana de São Paulo. Por outro lado, isso não significa que você deve ficar quieta e fingir que nada está acontecendo. Lembre-se de que diálogo e cumplicidade são fundamentais na hora de resolver as coisas. O melhor é tentar entender a situação e colaborar para ele sair dessa. Veja o que é possível fazer para não acabar prejudicando ainda mais o seu relacionamento.

É o que os especialistas chamam de ejaculação retardada. Quando o homem apresenta esse problema é porque há uma falta de sensibilidade no pênis. "Geralmente, o cara tem o dito-cujo rígido, sempre de prontidão, mas alguma coisa o impede de ejacular", explica o terapeuta sexual Sergio Savian. Ou seja: o moço utiliza o pênis apenas para servir à parceira, esquecendo o seu próprio prazer. E, por isso, não se entrega totalmente na hora da transa. "Daí, não consegue gozar mesmo. Porque, para atingir o orgasmo, a pessoa precisa perder o controle", completa Savian. O que você pode fazer Uma boa massagem no corpo inteiro vai ajudá-lo a relaxar e se soltar mais. Dessa forma, você consegue sensibilizar o seu companheiro -- que, provavelmente, conseguirá dar mais atenção ao que está acontecendo com ele no momento da transa (e não somente ao pênis). A partir de então, fica bem mais fácil o moço atingir o orgasmo. Vale também conversar bastante. Faça com que o seu companheiro abra o jogo sobre as preferências sexuais dele. Pergunte como você deve estimulá-lo adequadamente, se prefere as mãos ou o sexo oral, por exemplo. Isso vai fazer com que ele se concentre mais nos seus carinhos do que em qualquer outra coisa.

Falta de desejo

Nesse caso, o seu parceiro provavelmente está conformado com a miséria na vida sexual de vocês. E não faz nada para mudar essa condição. O problema, quase sempre, é decorrente da mesmice que ele enfrenta no próprio dia-a-dia. "É bem provável que o lado profissional esteja ruim: ou o homem tem dívidas, ou encontra-se desempregado… Ele se sente com pouco poder e leva isso para a cama", enfatiza a sexóloga Marina Simas. O que você pode fazer Grande parte das mulheres sente-se culpada, acreditando que o problema é com ela (e que o companheiro deve ter desejo por outra). Mas, na maioria dos casos, a questão não é essa. O homem está desestimulado e você tem que tirar ele dessa mesmice. "É o momento dela ajudar o marido ou namorado a virar o jogo. O problema é que muitas companheiras ficam com medo de dar um passo à frente e acabam se acomodando", diz Savian. Por isso, o ideal é

fazer com que seu parceiro experimente situações diferentes (e perceba que não é possível se contentar com pouco). Veja algumas sugestões que podem ajudar a despertar o tesão dele.

Bater um papo erótico.  Pergunte sobre as fantasias dele e fale das suas. Isso pode ser bem estimulante. "E, se vocês decidirem colocar prática, a fantasia tem que ser escolhida pelos dois", alerta Marina.

Tomar um banho juntos. Brinque de ensaboar, faça uma massagem... O banho dá uma relaxada e você pode experimentar toques prazerosos que motivam o sexo. Não se preocupe em ser uma massagista profissional. O que vale é a boa vontade.

Ir para a cama mais cedo. Chame-o para acompanhá-la, nem que seja apenas para conversar. É uma maneira de iniciar um contato mais íntimo -- sem, necessariamente, ter a obrigação de concluir o ato sexual.

Aproveitar bem todos os sentidos. Desconcentre o tesão dos órgãos sexuais e espalhe-o para o resto do corpo. Experimente apertões, beliscões (principalmente nos mamilos dele), mordidinhas de leve... Você também pode estimular a audição com boas músicas e perfumar o ambiente para aguçar o olfato.