Por Luiza de Azevedo Ricotta

A imagem é um importante recurso do profissional. uma identidade que vai sendo construída pelas ações, postura e atitudes. São vistas e percebidas pelas pessoas a sua volta no contexto do trabalho e com as demais que você interage.

Espantoso como quantas pessoas não se dão conta de que estão sendo vistas e formando um conceito de sua pessoa e do profissional que é.  Algumas ainda insistem em se comportar como se o trabalho fosse uma extensão da sua casa e agem assim desconsiderando o fato de estarem num contexto público, social. São barulhentas, falam alto, riem demais, falam de seus assuntos pessoais ao telefone e para você, trazem seus problemas a baila, gerando a desconcentração daqueles que estão envolvidos em seus trabalhos, ideias e pensamentos. São  verdadeiras tesouras, cortando a criatividade,reflexão e direcionamento do pensamento do outro.

A invasão é tamanha, pois os pensamentos são truncados pela força do ego do outro que se julga em condições de impor sua presença. Sem que este tenha oportunidade de dizer-lhe: - agora não!

Obviamente já perceberam que não estamos falando de etiqueta do comportamento. Falamos de adequação e profissionalismo que permite a todos compartilhar um mesmo ambiente sem incomodar e ser incomodado.

São estas pessoas que gostam de causar, chegam como se estivessem estreando um teatro, querem ser olhadas, vistas, ouvidas – querem tornar os outros, plateia de seu show sem perguntar a elas, se isso as interessa. A falta de educação e postura corporativa, empresarial, profissional  geram conflitos pelo choque dos níveis de consciência.

Quando o que mais acreditam é que são originais e autênticas. Falta-lhes a percepção e a noção. Pois, caso tivessem agiriam de outro modo. Estão mostrado a todos o quanto tem dificuldade de compartilhar, ouvir, respeitar. Apontando o desnível, a baixa consciência intelectual e social.

A convivência grupal se adéqua as diferenças e estilos de pessoas, sem gerar choques dessa natureza. Contribui e enriquece quando bem explorada. Do contrário geram problemas de todo ordem, pois até mesmo as regras são  interpretadas de forma distante daquilo que se propõem. 

Pessoas de boa imagem são bem educadas e zelam pela sua imagem, expressando o que deseja que os outros levem da sua pessoa. Guarda o que não precisa ser despejado, afinal o ambiente de trabalho não permite desaguar suas complexidades, dificuldades, dramas, etc...   Não é lugar para isso!  O princípio básico a ser respeitado é a obra, o próprio trabalho a ser desenvolvido e mantido como expressão da capacidade de todos que compõem aquele grupo, cada qual com sua participação.

Corridinhas, pulinhos, conversinhas, risinhos, forma de vestir e se comunicar com as pessoas. Todas elas retratam quem você é. O contexto profissional é marcado sim pelas singularidades das pessoas, pois cada um é diferente. Respeitando-se um consenso, o razoável, o adequado e próprio para aquele ambiente. Para isso, os tais inoportunos precisam perceber que não estão dando ibope, certo!   Não os estimule, não ria das suas piadas, discipline seu tempo quando eles veem tomar o seu tempo.  Marque sua posição não permitindo que eles te vençam pelo cansaço. Aponte com a sua prática, que com boa imagem, tem credibilidade e cumpre suas realizações sem se perder no que estes se propõem – no seu emaranhado pessoal.

Incrível como se esquecem de que estão gerando uma imagem negativa de si própria. Falta-lhes a noção, a percepção apurada da repercussão de seu comportamento de baixa credibilidade e confiança.

Não há mais espaço para esse amadorismo do comportamento em esfera profissional. Destoa-se tanto da plasticidade envolvidas nas relações que precisam ser fluidas. Ninguém está a serviço de ter que lidar com os recalques, egos inflamados e inchados das demais pessoas e muito menos com a falta de boa formação pessoal e do caráter. Educação e formação do caráter e da personalidade  se  aprende  em casa, e, quando isso não aparece, logo as tais pessoas inadequadas apontam de onde vem. Tendo a partir daí não tão somente uma marca negativa em sua imagem como levam o retrato da sua família, onde tudo começou!

Luiza Ricotta

Psicóloga, Consultora em Desenvolvimento Profissional e Pessoal. Coaching. Mestre pela U. P. Mackenzie, SP.
Pós graduada pela PUC SP e FEBRAP. Professora universitária.
É autora de diversos livros, articulista e conteúdista
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