Sexo Oral: Um prazer pra lá de seguro
Por Regina Racco
Que o sexo oral é, de fato, uma delícia, ainda não encontrei quem discorde. Torna-se quase impossível se pensar em uma relação realmente completa sem essa prática, se, evidentemente, o casal goste. O toque age como um botão, ligando imediatamente os sentidos. Erotiza rapidamente, estimula e leva o casal a orgasmos de proporções realmente intensas. Praticado com cuidado e atenção, é muito mais do que uma simples preliminar. É um ato completo.
Mas exatamente como qualquer outra modalidade sexual, o sexo oral requer os cuidados necessários para sua prática segura. Nunca devemos esquecer que prazer é realmente mais prazer quando vivemos com intensidade, porém com a devida proteção. No contato da boca e dos órgãos genitais, existe o perigo de contagio das DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). Principalmente se, na boca ou nos genitais, haja algum tipo de ferimento.
Nesse caso, os cuidados devem ser redobrados. Existem ferimentos tão minúsculos que quase não percebemos. As feridas são uma porta aberta, tanto para a saída como para a entrada, através do sangue ou esperma, das DSTs. Há estudos que apontam mesmo a mucosa oral sadia (sem lesões) como um campo permeável tanto a medicamentos como a microorganismos, como os vírus, por exemplo.
Fazer ou receber sexo oral é uma prática considerada de risco para transmissão das DSTs. E não deve ser considerada, em hipótese alguma, como uma prática sexual segura. O ideal, realmente, é garantir-se, praticando o sexo oral com o uso de uma camisinha de língua, facilmente encontrada em sexy shoppings ou (eu acho mais fácil) cobrindo a vagina com uma camada de filme PVC. O mesmo que se usa na cozinha.
Esse material é extremamente fino e garante à mulher quase que total sensibilidade na região vaginal. Colocar é fácil, basta cortar um pedaço e pôr sobre a vagina, esticando os lados na direção da virilha. Por ser bastante fino, o plástico adere instantaneamente. Como disse, o seu uso não impede que a mulher sinta o calor da língua do parceiro e as sensações do ato.
Para a mulher praticar o sexo oral no parceiro é mais fácil ainda, basta que ele esteja usando camisinha. Os preservativos atuais estão cada vez mais seguros, apesar de finíssimos. E existem muitas novidades nesse campo, como as camisinhas com sabor, por exemplo. Nada é ruim quando se usa a imaginação e se tem boa vontade. Lógico que os cuidados que estamos falando podem ser deixados de lado pelos casais fixos, que sabem poder confiar um no outro e que passaram por exames médicos.
Mas para os casais que não se enquadram nessa condição, infelizmente, descuidar pode ser sinônimo de muita tristeza depois. Portanto não se arrisque nunca, de forma alguma, por maior que seja a tentação. Entenda que o melhor amante é aquele que, sabendo da importância que tem, se ama primeiro e ama e protege a sua parceira. Interessante como, ao tomar esses cuidados, se tem a surpresa de que não é tão ruim assim e que não se deixa de ter prazer.
Recebo confissões bastante interessantes sobre esse assunto. A devida proteção auxilia aquelas parceiras que não gostam ou não toleram o cheiro do esperma, por exemplo, ou o homem que não gosta do contato da língua com a vagina. E, nesses casos, o uso do preservativo acaba tornando o ato prazeroso. A necessidade da proteção faz com que os amantes se tornem mais criativos. O que nunca devemos fazer é abandonar algo que nos dá felicidade apenas porque “alguns ajustes” se fazem necessários para nossa segurança.
Prazer é mais prazer quando nos protegemos, pode ter certeza.
Por Regina Racco que é shiatsuterapeuta e trabalha com a técnica de Pompoarismo para mulheres e homens desde 1993.
www.pompoarte.com.br
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