Por Regina Racco

Tem uma hora na vida em que paramos para pensar em nossa existência e onde as escolhas que fizemos nos trouxeram.

Sinceramente desejaria que todos vocês que estão lendo essa matéria agora tenham apenas motivos para comemorar. Mas nem sempre é assim, afinal estamos falando de vida real e, portanto sujeito a chuvas e trovoadas, alem de céu azul e brisa suave.

Normal, somos assim.

É claro que temos pontos favoráveis e contrários em todos os aspectos de nossa vida, estamos muito satisfeitos ou infelizes no campo profissional, social etc, mas a nossa vida sentimental, essa é especialmente importante.

Pelo menos para a grande maioria é a vida sentimental a mola que impulsiona todos os outros aspectos de nossa vida. É importante que estejamos bem e satisfeitos, sob pena de ver ruir por terra todos os nossos esforços.

Somos seres únicos e indivisíveis, por mais que nos esforçamos, é difícil, eu diria, impossível, que se estamos infelizes em casa, possamos render e produzir tanto quanto queremos ou esperam de nós.

Para isso desprendemos um esforço mental e energético muito grande e que se essa situação perdurar por muito tempo, acabará por causarmos outros infortúnios, Como uma intensa e desgastante sobrecarga mental.

Mudar a situação, por mais difícil que seja é o único caminho para o restabelecimento da paz interior. Devemos ser absolutamente sinceros conosco e com a pessoa que divide nosso universo.

Os grandes e insolúveis conflitos conjugais antes de terem essa magnitude, começaram com pequenas rusgas, contrariedades transitórias, alguns nãos e a mágoa que cresce como erva daninha.

Situações normais em qualquer relacionamento, mas que não podem ser relegadas ao descaso quando ocorrem, senão, exatamente como uma bola de neve, ela cresce e cresce e acaba por tomar todo o espaço antes ocupado pelo amor e a cumplicidade, gerando a insatisfação e mais mágoa que se soma ao montante anterior etc. O fim, vocês já conhecem. Ou a escolha de conviver com um perfeito estranho ou a separação. Aliais, perfeito estranho nada, porque uma pessoa ressentida e pronta para explodir está mais para um inimigo declarado do que um estranho.

Reverter a situação é possível. Acredite!

Basta ter boa vontade consigo mesmo e imparcialidade na hora de pesar e medir o que foi feito ate hoje. Chamar a pessoa amada e ter com ela uma conversa franca, objetiva, sem cobranças nem declarações de culpas, a não ser que o caso realmente exija uma retratação. Estabeleçam novas regras, possíveis aos dois, esvaziem a sala lotada de magoa que ameaça soterra-los. Reavaliem os sentimentos, os motivos pelos quais estão juntos. Esse processo, por vezes doloroso, pode reabilitar o amor e o companheirismo.

Acredite no milagre das palavras, desde que deixe que elas brotem do coração. Fazendo assim, seu amor irá sentir a sinceridade em suas palavras e abrirá a guarda, expondo seus sentimentos. Doe compreensão, traga para sua vida o milagre das palavras da oração de São Francisco. “Senhor fazei de mim um instrumento de sua paz”. Isso quer dizer que você deve dar compreensão e não cobrança, que deve abrir seu coração primeiro.

Não acredite em mim, experimente. Você não imagina quantos tesouros se pode achar em meio a pilhas de magoas e maus entendidos, e quantas relações poderiam ser salvas se parássemos um pouco para buscar dentro de nos o tênue fio da compreensão e o amor que se perdem muitas vezes pelo simples fato de não termos tempo para dialogar com nossos parceiros e ouvir deles os motivos pelos quais não estão mais felizes, em muitos casos os motivos são os mesmos que nos fazem infelizes, ou seja: Ambos desejam o mesmo e estão se distanciando porque faltou falar a respeito.

Tome a iniciativa e vá ao encontro do seu amor. Mude a sua realidade e torne-se mais feliz. Essa é uma dívida comum.

Lembre-se a paz e o amor são conquistas diárias!

Por Regina Racco que é shiatsuterapeuta e trabalha com a técnica de Pompoarismo para mulheres e homens desde 1993.
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