A Samsung anunciou no último final de semana que há um novo recordista dentro da empresa. Em pouco menos de dois meses, o smartphone Galaxy S II vendeu 3 milhões de unidades ao redor do mundo e ele ainda nem chegou ao mercado americano. Mas o que o há de tão especial no novo aparelho? Números exagerados e bem conciliados.

Desligado, o Galaxy S II parece um grande monolito. Há apenas um botão central, como no iPhone, e duas teclas resistivas nas laterais. O aparelho impressiona pela espessura e pelo peso: são apenas 8,5 milímetros na parte mais fina e 116 gramas. No dia a dia, é fácil esquecer que o celular está no bolso e se assustar com a possibilidade de tê-lo perdido.

Por causa dos números diminutos no design, a grande tela de 4,3 polegadas não causa incômodo. Pelo contrário, ela é o chamariz principal do celular. Ligada, a tela com tecnologia de Super AMOLED Plus entrega cores marcantes e sem exageros de contraste --diferente de seu antecessor, o Galaxy S--, além de uma escala de preto incomum em smartphones. Sua sensibilidade é acima da média para o padrão dos aparelhos com Android, mas ainda assim um pouco abaixo da de seu principal concorrente, o iPhone 4, da Apple.

O histórico da Samsung na produção de telas e processadores colabora para a experiência do novo aparelho. Ao abrir mão do Tegra 2, da Nvidia, e desenhar seu próprio processador com dois núcleos, o Exynos, com 1,2 GHz, a empresa coreana criou um aparelho com processamento gráfico acima do oferecido por qualquer concorrente. É possível abrir dezenas de aplicativos, jogos e widgets sem notar qualquer lentidão. Aplicativos que forçam o fechamento, algo comum em aparelhos com Android, são cada vez mais escassos. A única instabilidade é constatada no GPS --reclamação frequente sobre o seu antecessor. É comum perder o sinal e receber informações de rota com metros de atraso.

Apesar de ter uma tela enorme, pouco espaço para hardware e um processador avançado, a bateria do Galaxy S II segue o padrão de aparelhos com Android de menor capacidade. Isso quer dizer que ele não aguentará um dia inteiro longe da tomada caso você use a rede 3G constantemente. O uso excessivo também causa um aquecimento incômodo na parte traseira do celular.

A câmera traseira do Galaxy S II tem 8 Mpixels e capacidade de criar filmes com resolução de até 1080p. Nos testes, o resultado em fotos foi satisfatório, com ótimas imagens em situações bem iluminadas. Mas o destaque são os vídeos em alta resolução, com boas cores e captura de áudio. Há ainda uma câmera frontal de 2 Mpixels, o necessário para uma boa conversa em videochamadas. O preço do aparelho completa a lista de números hiperbólicos mesmo produzido no Brasil, ele começa a ser vendido por R$1.999.

Android redesenhado

A versão do Android no Galaxy S II é a 2.3, a mais recente, mas apresenta um visual redesenhado pela Samsung, com a interface TouchWiz 4.0. O resultado é uma aparência semelhante à do iOS, da Apple, com ícones arredondados e longas listas de aplicativos. No geral, a mudança é pouco intrusiva e oferece soluções interessantes para os usuários comuns.

Prós:

Configuração poderosa

Pouco peso

Tela com ótima qualidade

Contras:

Aquecimento da bateria

GPS irregular

Alto preço

Veredicto:

Combinando uma tela brilhante com alta velocidade, o Samsung Galaxy S II mostra o futuro do Android

Avaliação:

Ótimo

SAMSUNG GALAXY S II

Teta: 800x480 pixels, 4,3 polegadas

Sistema: Android 2.3

Processador: Exynos 1.2 Ghz

Câmera: Frontal de 2 Mpixels, traseira de 8 Mpixels

Quanto: R$1.999