Por Claudia Nunes

Todo final de ano as pessoas fazem um balanço de suas vidas, o que fizeram, o que não fizeram, enfim, tudo o que aconteceu de bom ou ruim. A esperança aumenta, a solidariedade é imensa, e todos os corações batem mais forte.

Não sei se é problema de consciência, como diz minha amiga problema de consci, que causa essa demanda de parecer bom, conseqüência de inúmeros erros, como omissão, abandono das causas menores, aquela esmola que não foi dada por motivo nenhum, ou porque você pensou: pra beber cachaça... Não financio vagabundo... E por ai vai o degringolamento da civilização e do pensamento humano.

Hipocrisias à parte, todo ser humano procura ser poderoso e ignora seus semelhantes para chegar junto e pisar nos interesses alheios em favor dos próprios, infelizmente os seres humanos fazem isto facinho, em todos os campos: emocionais, profissionais, familiares e etc, porém um dia chega o dia da caça e a consciência grita, esse momento é justamente festas de final de ano. É tipo o cara que sempre viveu com alguém e quando esse alguém morre, ele quer morrer junto. Quem faz tudo o que é possível para outra pessoa, encara numa boa essas situações.

Bom, pelo ao menos vemos um acesso de boa vontade nestes dias, mas com o correr do ano, fatalmente as pessoas voltam para o que sempre foram, e se danam para determinadas coisas e causas, mesmo que próprias. Nada, mais nada mesmo muda de repente. Uma mudança demora tempo e não é possível só quando queremos.
Não sou contra a reflexão da data, mas creio que devemos fazer e rever tudo isso num longo processo no decorrer do ano inteiro e melhorarmos a cada dia numa busca de paz interior.

Por essas e outras razões, desejo a todos vocês, muito carinho, e que o ano novo venha repleto de paciência e muita fé de que tudo um dia é possível.

Claudia Nunes