Por Claudia Nunes

Com certeza algum dia de sua vida, você se deu conta de que alguns amigos adoram sugar os seus conhecimentos e ficar esbanjado igual um mané aquilo que você inocentemente adquiriu.

O sintoma é iminente: escutam, fazem pequenos comentários, e depois saem por aí donos de seu tema favorito. Não que seja contra essa atitude, pois creio que a troca é que constrói a cultura geral, mas tem um povo por aí que não troca, usa.

O pior, e eu considero até engraçado, é quando o infeliz repete que nem um papagaio de puta, com toda autoridade o seu conceito para você mesmo, e você fica com cara de árvore, abismado com o cara de pau.

Outro sintoma da dita criatura dessa estirpe, é o gosto. Já explico: eles adoram tudo importado! Sério, pode notar, no comum eles correm o risco de errar, pois todo mundo pode ter acesso e ter uma opinião própria e deixar o camarada sem defesa. Eles gostam do modelo mais complicado de celular, do vinho da p.q.p., do carro importado que ainda não apareceu na cidade (esse é difícil, pois em JF rola muito carro importado), roupas, é uma piada, só andam com catálogos.

Filme, só os de diretores renomados, sacanagem, a margem de erro fica quase zero. O pessoal bonito não pode ser boa gente, só os mais ou menos, senão eles não aparecem. É moçada, é a invasão dos pseudo-intelectuais, mas não fiquem na bronca, tirem uma onda e se divirtam com eles, na hora que encher o saco conta umas mentiras, tipo o que minha amiga fez outro dia: soltou a pérola de que Mozart era muito parecido com o Mike Tyson, e a figura acreditou e ainda espalhou...

Claudia Nunes