Por Luiza de Azevedo Ricotta

Quando a realidade não te propicia o que espera, você se frustra. E isso ocorre diversas vezes na vida apontando que o contrário disso, ou seja, não ter frustração alguma, é algo que não existe.

Partindo disso, de que não existe a “não frustração”, temos o aspecto da naturalidade dela ocorrer na vida das pessoas em geral. Não se tratando de algo específico ou pessoal a você, pois todos se frustram. No entanto o diferencial está em como lidar com ela, e não torná-la sinal de amargura, fracasso e angústia

Talvez seja essa a maior e melhor estratégia para se lidar com esse sentimento. Encarar que não ganhamos todas as oportunidades que pretendemos e, que, podemos ser frustrados sim em algum momento até porque somos impelidos a persistir no que de fato queremos e pretendemos. É o que acaba nos conduzindo a isso.

A melhor maneira de tornar realidade aquilo que se quer é exatamente permitir ser constante no seu propósito, atuando de forma freqüente e constante, sem se influenciar com alguma situação que não te levou ao resultado esperado.

Outra estratégia importante é ser menos exigente quanto às situações, que são como são e não exatamente do modo que você pensa ser o certo. Se existem outras maneiras de se chegar ao resultado sem que para isso você não precise faltar com a ética ou com o senso moral, é válido. Isso requer mais criatividade do que ser birrento. E isso não deve ser confundido. São situações distintas.

Pessoas birrentas são aquelas que querem tudo a seu modo e no tempo e lugar que assim a sua vontade determina. Com esta postura, e com a percepção de que o mundo à sua volta costuma te premiar, que as pessoas correm para fazer exatamente o que você quer; o birrento vai se acostumando a ser agradado e a desenvolver maneiras de conseguir exatamente o que pretende porque lida mal com a frustração. Acabam permanecendo imaturos. Pois a todo instante mobilizam culpa e sentimentos diversos, até práticas do tipo “terroristas” como forma de persuadi-lo. Suscitando até mesmo o “drama” a fim de que suas vontades sejam realizadas.

Os que lidam mal com a frustração crescem pouco no quesito emocional. Acabam por construir uma imagem e relação de poder sobre o outro, que não contrarie suas expectativas e que funcionem dentro de seu critério.

Fazer com que as outras pessoas realizem para você suas expectativas é torná-la “escrava”. E até “sacrificá-la” no tocante a ser o veículo do cumprimento das suas expectativas.

Há um limite para seus esforços. E contente-se em Ser humano, falível, porém que seja alguém predisposto ao aprimoramento – outra forma inteligente de lidar com a frustração. Fazendo melhor a cada nova tentativa, quantas vezes forem necessárias.

Encontrar o entendimento do seu suficiente é outra forma de compreender não só limites como saber até o quanto é possível prosseguir.  Pois o alcance dos seus objetivos está também em algo diferente do imaginado. O real.

Nós humanos, com essa força emocional que nos move, temos a tendência de criar expectativas e idéias sobre os caminhos a serem seguidos. Mas conseguimos esse feito, quando de fato o percorremos. E o conduzimos na medida em que o vivemos. As pessoas de nosso universo particular esperam de nós, contam conosco de determinada forma, e nem sempre conseguimos ou podemos oferecer. Mas o máximo disso tudo está em perceber que nas pessoas envolvidas a disposição em fazer o melhor que podem.

Luiza Ricotta

Psicóloga, Consultora em Desenvolvimento Profissional e Pessoal. Coaching. Mestre pela U. P. Mackenzie, SP.
Pós graduada pela PUC SP e FEBRAP. Professora universitária.
É autora de diversos livros, articulista e conteúdista. 
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