Para começar a amar.
Todos os dias, por meio de mil e uma fontes, buscamos respostas para grandes desafios particulares: Como manter o corpo e a saúde em dia, como educar os filhos, como arranjar um emprego e também como manter um relacionamento ou encontrar a alma gêmea, como se estar junto com pessoas iguais a nós fosse apaixonante.
Por hábito ou facilidade ou até por um dito modernismo ficamos a cada dia descobrindo uma fórmula mágica, que seja resultado de teorias e especulações para algumas situações da vida cotidiana.
Pura perda de tempo, principalmente para as questões ligadas aos relacionamentos afetivos, pois essas relações, ao contrário do que se pensa ou apregoa, dispensam receitas ou fórmulas mágicas e a falta de regras, isso sim é que se constitui no grande desafio da construção do dia-a-dia das relações.
Não foi apenas o avanço tecnológico que marcou o início desse milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações, revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje são relações compatíveis com as necessidades atuais, nas quais individualidade, alegria, respeito e prazer em estar juntos substituem de fato - e não apenas no discurso, dogmas como obrigação, responsabilidade, e co-dependência, onde ao primeiro sinal de desgaste ou insatisfação, um responsabiliza o outro por seu bem-estar ou pela falta dele.
Fomos levados a crer, como nas histórias da carochinha da nossa infância ou nas novelas da vida adulta, que quando mocinhos e mocinhas ou príncipes e donzelas, se encontram acontece o ´final feliz´.
O jargão ´e foram felizes para sempre´ acaba sendo cruel, pois esconde a única certeza que se tem de que na verdade a história está começando ali.
E essa história só será boa se cada um dos parceiros tiver a possibilidade de conhecer suas necessidades e anseios, que não obrigatoriamente são os mesmos do parceiro.
E nessa busca individual, trocar experiências e adquirir uma nova compreensão da vida, ou seja, amadurecer por meio do amálgama de experiências que essa vida compartilhada - e não doada - irá trazer de coisas novas.
Não adianta acreditar que na estrada da vida os rituais e hábitos culturais protegem e eliminam perigos e buracos. É preciso sim que se desenvolvam condições de construir pontes para que as diferenças sejam percebidas e valorizadas, porém integradas e que nesse sentido sejam o contraponto do empurrar com a barriga´, estimulando a reflexão sobre cada um de nós, pois é necessário, antes de tudo, saber o temos para dar e, principalmente, o que queremos receber, em vista de não perder a noção de nossos desejos para que então tenhamos uma relação interpessoal rica em trocas, pois na verdade essa é a matéria-prima de um bom vínculo.
Psicóloga clínica, conferencista, com especialização em Sexualidade, Terapia de Família e Casal, Transtornos Alimentares e Doenças Psicossomáticas, Márcia Atik tem vasta experiência na área, seja atuando em consultório, coordenando grupos, ministrando palestras em escolas, empresas, associações, sindicatos, prefeituras e demais organizações. É membro do Centro de Estudos e Pesquisas do Comportamento e Sexualidade (CEPCOS).
Telefone: (13) 3232-1464 – Consultório
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