Por Claudia Nunes

Nasci num País tropical, abençoado por Deus e devoto de muitos santos, porém parece estar fadado a ser esquecido na indignidade.
É tanta pobreza, canalhice, corrupção, violência e loucura que nem parece que Ele se lembra de olhar para baixo. Sei que em outros lugares a coisa anda feia: É guerra por tudo quanto é motivo, discórdia, etc... Mas tenha paciência, não dá para engolir tanta falta de senso.
Por aqui, o trem tá danado de desgovernado. É CPIs que nunca dão em nada para apurar roubos, e o que mais choca é saber que tanto dinheiro serviria para melhorar um “cadim” da vida do próximo. Será que cadeia dá jeito... Hum, ou seria melhor deixá-los passar pelo perrengue de usar os mesmos recursos que um cidadão de baixa renda tem que usar...
Quem já teve que recorrer a saúde pública sabe do que estou falando. Um médico trata da pessoa como um lixo, nem olha para a cara do infeliz, se dana para o que estamos passando, se precisa de urgência, escafedeu-se, sua doença tem que esperar, é um absurdo.
Vemos esgotos a céu aberto, comprometendo a saúde de inocentes. Administrações de governos cheia de demagogias e na prática, nem preciso falar que não rola a danada.

A violência não melhora, também, com o potencial e exemplos que vemos... Tem gente sendo presa por roubar galinha e condenado a prisão perpétua por não ter o que comer, e os doutores só enchendo os bolsos. Outro dia vi na TV uma notícia que me deixou com vergonha de ser brasileira. Um rapaz com a mãe doente de câncer e outras complicações, deixou a mesma em casa com a promessa que ira voltar com os remédios que aliviariam suas dores, só não contou como ia arrumar os recursos. Foi para a saída de um shopping e tentou assaltar um homem, mas não conseguiu, pois não sabia como fazê-lo, segurou o celular da vítima e pediu que ele fosse a uma farmácia e trouxesse a receita da pobre mulher, um segurança sacou o roubo e chamou a polícia, final da história, preso o criminoso. E ai, é mole!
Como as autoridades vão impor respeito se não mostram nenhum aos cidadãos.
Por aqui você é quase obrigado a ser desonesto ou no mínimo informal. Quando menos se espera vem uma multa monstruosa de não sei de onde e para onde e já era.

Vemos que a lei proíbe os similares ou genéricos em vários setores, mas não deixam os originais mais baratos... Moral, o povo recorre ao pirata... Será crime... Que situação!
Se o homem consegue um trabalho num setor que não é reconhecido pelo Estado, tipo camelôs, jogos que o governo não banca (será que ainda tem algum... se tiver eles inventam...), sacoleiras, ou outro qualquer, é preso, caçado como se tivesse praticado um homicídio triplo qualificado, mas onde essa gente vai arrumar dinheiro para sustentar a família se as oportunidades não surgem no escasso mercado de trabalho! Roubando, assaltando, traficando armas e drogas, seqüestrando e por ai vai... E assim então, virando um marginal, um problema social, vira policial! È brincadeira, esse povo acha que definitivamente a gente é palhaço!

Somos um povo gentil, amistoso, gente boa, mas que merece ser tratado como ser humano, isso tudo é uma vergonha!
O troço tá tão no oba oba que tem cidadão metendo a boa até no próximo, é aventura jurídica atrás de aventura. Tem gente até inventando situação de dano moral para arrancar dinheiro dos outros, sem noção... E o pior é que a justiça caduca vai a favor desses safados. Vamos combinar: Que justiça ridícula! É mais um setor que precisa de renovação, seus profissionais parecem que só estão ali para ganhar seu salário e ponto, que se dane o ferrado: se vira para pagar.
Precisamos lutar por uma revisão no código penal, no sistema de leis em geral do Brasil, que é uma droga.
Como eu, muitos andam por ai indignados com essa situação e não vemos nada melhorar. Não creio que todos os políticos sejam insensíveis, mas pelo amor de Deus chega de blá, blá blá e vamos agir, ou melhor, reagir, somos muito melhores que isso, pelo ao menos como seres humanos que somos.

Companheiros e companheiras vamos à luta já para melhorar nosso País! Não dependemos só de nossos governantes, dependemos uns dos outros nesse momento!

Claudia Nunes